Diário de um nerd – Capítulo 3

Hoje fui com a mamãe ao Dr. Alberto tentar descobrir o por que de tantas espinhas. Ele disse que é excesso de testosterona. Fiquei super convencido, afinal excesso testosterona é também excesso de machismo não? Daqui um tempo as garotas vão cair aos meus pés( no sentido literal, algumas desmaiam ao ver minha beleza; ou será meu odor de macho?).

Por via das dúvidas o Dr. Alberto receitou que eu tomasse um remédio forte, de tarja preta. Mas como minha mamãe é super protetora ela não deixou que eu tomasse o tal remédio (amo minha mãe, ela sempre me defende nas discussões e impediu que o médico me deixasse menos macho; ele receitou o remédio foi de inveja mesmo).

Hoje consigo andar orgulhoso pelas ruas, com as garotas sempre me encarando e dizendo com espanto:

-NOSSA! Quanta espinha.

Com certeza elas desejam um rapaz com tanta masculinidade como eu.

Mas no caminho de casa, começei a pensar sobre outras razões para eu ter tantas espinhas. Essas foram as opções nas quais pensei:

– Excesso de comidas gordurosas, afinal, sempre como salgadinhos e bolachas recheadas nas madrugadas em que passo jogando.

– Como sou muito másculo, adoro sexo. Mas não tenho namorada, então pode ser muita masturbação.

– Como durmo muito pouco, por ficar jogando até altas horas e ter pouco tempo para descansar, esse pode ser um dos motivos.

Porém logo descartei essas opções, pois o que o Dr. Alberto tinha dito estava certo. Claro, sou muito macho e isso transborda na minha pele. Esse é o verdadeiro motivo de eu ter tantas espinhas; no fim o doutor estava certo.

Diário de um Nerd(Capítulo 2)

Certa vez, resolvi ir para a balada. Nessa balada só havia mulheres apetitosas. Eu, com toda a minha virilidade e no auge dos meus dias de espinha, resolvi “cortejá-las”.  Cabelo lambido pro lado, óculos fundo de garrafa, camisa do homem aranha e logicamente uma grande vontade de me dar bem. Ou tentar, afinal, nunca consigo nada mesmo.

Estava armado com um sorriso no rosto e um olhar 43, e claro, com meu belo rosto, parti para cima delas, usando cantadas tecnológicas.

Infelizmente, elas não prestavam atenção em mim e eu parecia falar com a parede. Ou então as damas mostravam suas belas habilidades no boxe(leia-se tapa na cara).

Desde esse fatídico dia, notei que as mulheres nas baladas não gostam de saber qual o meu nível no tibia. Muito menos quanto eu tiro na Trough the fire and the flames no expert do Guitar Hero.